sábado, 28 de agosto de 2010

A Vila de Dois Rios...morrendo

Posted by PicasaVeja a foto abaixo: a Vila de Dois Rios no início, e compare com a situação hoje. A casa que aparece em primeiro plano nos idos de 1943 que serviu de Estação Telegráfica, Grupo Escolar e residência de funcionário, é a mesma da foto ao lado já bastante degradada e aparentemente abandonada.É lamentável que a maioria das residências estejam sendo destruídas e consumidas pelo tempo.


Foto recente, fev/2010 cedida gentilmente por Juarez de Alagão.


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ruas da Colônia Dois Rios

 151-Dois-Rios-Vila
                                        Residências de funcionários da Colônia na antiga rua Paraná

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A Vila de Dois Rios... no início

Posted by PicasaFoto de Cyro Manhães () da primeira metade da década de 40 que nos remete a uma das ruas com algumas casas, recém construídas para moradia dos funcionários. Eram casa confortáveis e bem modernas (bangalôs)  para a época. Em primeiro plano a casa que era usada como Estação Telegráfica do Presídio e residência do próprio Cyro (telegrafista). No final da rua uma casa branca, geminada,  bem antiga que foi a primeira residência do meu pai Milton, funcionário do presídio. Também moraram nessa rua os funcionários  Oli Demutti, Ivo Moura, Dr. Wagner (médico), Tales (farmacêutico)  e outros, que com o tempo citaremos no nosso blog.

domingo, 22 de agosto de 2010

Festas comemorativas em Dois Rios-Crônica de *Elane Rangel

RECORDAÇÕES


Revirando o velho baú das minhas antigas recordações, limpando cuidadosamente a poeira imaginária de uma imagem abstrata, deparei-me com a miragem de uma festa colossal, que realizava-se anualmente na Vila de Dois Rios, na Ilha Grande, em comemoração ao aniversário do presídio Cândido Mendes, quando servia-se um lauto churrasco, acompanhado de farofa, salada e de um chope bem gelado.
Tudo era preparado com a devida antecedência.
No começo, a festa era realizada no pátio central do estábulo, à sobra dos cinamomos.
Depois passou a relizar-se numa área em frente à cooperativa dos funcionários e da PM, ao abrigo acolhedor de um vistoso mangueiral, cujas bases serviam como suporte para as longas e estreitas mesas, improvisadas com tábuas corridas, que eram estendidas e pregadas em seus troncos, bem como extensos bancos feitos do mesmo material.
Nessas mesas, era servido o churrasco, incondicionalmente, a quem viesse participar da festa.
Para assar a carne, abriam-se valas retangulares no chão, onde era aceso o fogo para a formação do braseiro que assaria a mesma.
Em suas extremidades, fincavam-se forquilhas de madeira, que sustentavam o travessão central, também de madeira, que servia como apoio para os espetos, que, no chão, formavam a figura de uma letra “V” de cabeça para baixo e, em cima, o desenho de um “X”.
A carne era temperada exclusivamente com uma salmoura à base de sal grosso e algumas ervas aromáticas. À mediada que a mesma assava, ia sendo regada com esse molho, usando-se, para tanto, galhos verdes de alecrim.
Os encarregados desse trabalho eram quase sempre os mesmos, os funcionários Euclides Boeno, Leoveral Pinto de Andrade e Vantuil Azevedo.
Em meio à festa, a banda dos internos do presídio, sob a regência do maestro Antônio Demutti, executava os tradicionais dobrados, como também outras músicas de comprovado sucesso.
Assim, a festa arrastava-se, praticamente, pelo dia inteiro, o que causava a alegria e satisfação daquele povo.
No dia seguinte, o cenário era desmontado e tudo voltava à normalidade do cotidiano.

*Elane Rangel é filho de Octávio Rangel antigo funcionário do Presídio da Ilha Grande - Colônia Dois Rios.

Foto da primeira metade da década de 40, mostrando um desses churrascos sob a centenária mangueira em frente ao Cassino (clube dos funcionários).




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sábado, 14 de agosto de 2010

João Goulart Coimbra-Biografia

 
João Goulart Coimbra, gaúcho de Itaqui, nasceu em 1916, filho do major Heitor Coimbra, foi diretor da Colônia Agrícola do Distrito Federal de 1951 até 1954. Com exemplar probidade administrativa, exerceu a direção daquela instituição prisional de forma competente, registrando a lembrança de uma das melhores gerências no serviço público. A principal obra, entre tantas outras, como dirigente do presídio de Dois Rios, foi a construção de um ambulatório médico para os servidores e familiares, inaugurado com a presença do ministro da Justiça, Tancredo Neves. Líder e destemido, era respeitado por todos os funcionários, para os quais dispensava carinho, atenção e amizade. Responsável pela guarda e bem-estar dos presos, obrigação da qual nunca se eximiu, foi considerado um “carcereiro humanitário”. Era um homem bom, justo e humano. Ao deixar a direção da CADF, após a morte do presidente Getúlio Vargas, de quem foi correligionário, desempenhou diversas funções públicas, destacando-se a administração do porto de Angra dos Reis, quando Roberto Silveira foi governador do Estado do Rio de Janeiro. Dotado da faculdade natural da oratória, com a arte da notável eloqüência, atuou na política de Angra dos Reis, elegendo-se vereador em 1958 pelo PTB, partido pelo qual tinha grande admiração, em dupla com o deputado federal Jonas Bahiense. Entre 1962 e 1969, esteve por Brasília, onde ocupou importantes cargos junto ao Governo do Distrito Federal. Ao final de 1969, como servidor do quadro efetivo do INCRA, foi transferido para o Rio de Janeiro. Ainda jovem, aos 54 anos, João Coimbra faleceu em 1970, deixando a viúva, dona Dinah, e três filhos: Marco Aurélio, Mauro e Moacir.

Agradecemos ao nosso companheiro e contemporâneo, Oli Demutti Moura - Polaco que com sua ajuda tornou possível a postagem dessa biografia.

Dois Rios Notícias

 
Em bom momento, por intermédio deste blog  foram localizados mais dois contemporâneos da saudosa Colônia Agrícola do Distrito Federal, praia de Dois Rios-Ilha Grande.
MARCO AURÉLIO FLORES COIMBRA
Marco Aurélio Flores Coimbra (1947), filho de João Goulart Coimbra e dona Dinah, com 63 anos, atualmente residindo no Rio de Janeiro, tem mais dois irmãos: Mauro e Moacir.
A mãe do Marco Aurélio, dona Dinah, com 94 anos, reside na Praia do Farol, Santa Catarina e João Goulart Coimbra, seu pai, foi Diretor do Presídio da Colônia de Dois Rios de 1951 até 1954. João Goulart faleceu, ainda jovem, em 1970.

CARLOS EDUARDO DE CARVALHO SOARES
Carlos Eduardo de Carvalho Soares, nascido em Fernando de Noronha, em 1940, filho de Galileu Laurindo Soares e da dona Celeste, já completou 70 anos. Aposentando-se, após trabalhar por longo período no Estaleiro Verolme, fixou residência em Angra dos Reis. No momento, com excelente saúde e invejável memória, é empresário comercial, com atividade voltada para o ramo de armarinho e utilidades domésticas. São filhos do casal Galileu e Celeste, por ordem cronológica: Cleonice, Carlos Eduardo, Cléa, Carmem, José Antonio, Adalgisa e José Luiz. O quinto filho, José Antonio, faleceu em 2009, em Angra dos Reis, . Galileu, ex-funcionário de Dois Rios, de grande valor moral e funcional, nasceu na cidade de Júlio de Castilhos, Rio Grande do Sul, em 1909. Faleceu em 1974, aos 65 anos.
Barra Pequena, um dos dois rios que abraçam a Colônia de Dois Rios,
já nas proximidades do mar.
 
Assim, a cada dia, a REDE DE CONTEMPORÂNEOS DOIS RIOS-ILHA GRANDE, vai inserindo novos membros.
Se você, caro visitante, é filho(a) ou parente de ex-funcionário do presídio de Dois Rios, entre em contato conosco, pois teremos o máximo prazer de incluí-lo na nossa rede de contemporâneos.
* Colaboração do nosso amigo e contemporâneo Oli Demutti Moura - POLACO

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Trilhas da Ilha Grande-Rj

maptrilhas
Trilha Nº Trecho Descrição Dificuldade Tempo
T 1 Circuíto do Abrão Trilha nas cercanias do Abraão e pode ser feita no primeiro dia de suza chegada Leve 1 a 2 horas
T 2 Aqueduto-Saco do Céu O aqueduto foi construído por volta de 1887  com a finalidade de abastecer o Lazareto, com água do corrégo do Abraão. Médio 3 a 3:30 horas
T 3 Saco do Céu-Freguesia de Santana Freguesia de Santana centro industrial e agrícola, importante no século XVII, com extensas lavouras de café, cana-de-açúcar, legumes e cereais, além de aguardente. Leve 2 a 2:30 horas
T 4 Freguesia de Santana-Bananal Essa trilha percorre o litoral próximo a famosa Lagoa Azul, de águas claras e límpidas Leve 1 a 1:30 horas
T 5 Bananal-Sítio-Forte Essa trilha atravessa manguezais e você conhece as fazendas aquáticas  de cultura de mexilões Leve 2:30 a 3:00 horas
T 6 Sítio Forte-Araçatiba O atrativo principal dessa trilha é o grande número de igrejinhas e a Cachoeira da Longa Leve 3:00 a 3:30 horas
T 7 Araçatiba-Gruta de Acaiá Gruta do Acaiá, famosa por refletir a luz do sol no seu interior através da água, criando um espetáculo de luz e cor Média 6:00 a 6:30 horas
T 8

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Memória fotográfica - Festa de aniversário de filho de funcionário.


AniversarioIgnacio foto 28
Festa de aniversário de Ignácio Vilela, filho Geraldo Vilela, funcionário do Presídio. Ignácio  aparece no colo de sua mãe, Lurdes, reunido com coleguinhas. Havia muita união entre as famílias na comunidade e era muito comum reuniões comemorativas nas casas de funcionários, sempre num clima de grande confraternização
1- Neusa
2-Lurdes
3-Geraldo Vilela
4-Ignácio 
5-Maria, mãe de Edison Manhães
6-Giselda
7-Amabililia
8-Marilene(?) confirmar
9-Eduardo filho Giselda
10-Cristina filha Giselda
11-Sônia filha Giselda
12-
13-
14-
15-Marcelo (?) Confirmar
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18-José Carlos Soares Marcilio
19-Edison Manhães, filho de Rubens Manhães
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21-

Foto cedida por Edison Manhães, filho de Rubens Manhães, antigo funcionário da Colônia Penal Cândido Mendes.

Os maravilhosos dias de férias.

Foto de 1966 do acervo de Maria das Graças Ramuz.
Imagem reunindo filhos de funcionários e alguns visitantes.  Foto tirada  na praia do Cachadaço  durante o verão de 1966.
Se houver alguma incorreção na identificação da turma na foto, gostaria que os companheiros me ajudassem  corrigi-las.

Maria Das Graças RETOCADA010005

Ref.
Nome
1
Lena
2
Visita da Lena
3
Marilene
4
Juraci filha de Oriental
5
Gilcéa Calderaro
6
Bagé
7
Maria da Graças, filha de Walter Ramuz
8
Visita da Lena
9
Geraldo (Dudu), filho Geraldo Vilela
10
Gelson Calderaro
11
Milton Filho (Miltinho). filho Milton  Souza
12
Toinho, filho de Milton Souza
13
Vitor, filho do Tales
14
Ignácio, filho Geraldo Vilela
15
Wilsinho, filho do Bic
16
Edir

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Mais uma imagem da Praia de Dois Rios e Ilha de Jorge Grego

Posted by Picasa
 Praia de Dois Rios, em foto de Janeiro de 2010, pela objetiva de meu amigo Juarez de Alagão.
Ao fundo, à direita , a Ilha de Jorge Grego,  local conhecido pelos amantes da caça submarina.

domingo, 1 de agosto de 2010

1938: De Fernando de Noronha à Ilha Grande

1938

Presidente Getúlio Vargas – 1937-1945 – Estado Novo

Ministro da Justiça: Francisco Luís da Silva Campos

Em março de 1938, um decreto-lei autorizou a criação da Penitenciária Agrícola do Distrito Federal (PADF), na Vila de Dois Rios, Ilha Grande (Decreto 319, de 07/03/1938). A nova penitenciária ainda estava em fase de construção.
Meses depois de autorizar a criação da Penitenciária Agrícola na Ilha Grande, o governo decreta a criação de outra penitenciária, a Colônia Agrícola de Fernando de Noronha, que seria destinada à concentração e trabalho de indivíduos reputados perigosos à ordem pública ou suspeitos de atividades extremistas. A Ilha de Fernando de Noronha possuía uma prisão vinculada ao governo de Pernambuco. Passaram a ser enviados a Fernando de Noronha os presos políticos de todo o país.
Em 1938, durante o Estado Novo, a coragem e as qualidades humanas do coronel gaúcho Nestor Veríssimo chegaram aos ouvidos do Presidente Vargas, que mandou chamá-lo para uma audiência particular. Nestor vestiu sua melhor roupa, fez o supremo sacrifício do colarinho e da gravata, e lá se foi, rumo ao Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, travando-se o seguinte diálogo:
- Sente-se, coronel - disse o presidente, depois de apertar-lhe mão.
Nestor obedeceu, e Vargas foi direto ao assunto:
Preciso de seus serviços.
- Pois disponha. . .
- Estou informado de que o presídio de Fernando de Noronha anda numa verdadeira anarquia. O senhor é o homem indicado para endireitar, moralizar aquela ilha. Aceita o convite?
- Se o senhor permitir que eu leve comigo alguns homens de minha inteira confiança, aceito.
- Quantos?
- Vinte.
- Impossível.  Vinte é demais. Dou-lhe dez.
- Presidente, preciso de vinte.
- Sinto muito, coronel, só posso lhe dar dez.
Sem alterar a voz, Nestor replicou:
- Pois então não vou pr’aquela bosta.
Mal pronunciou esta última palavra, caiu em si: estava diante do presidente da República.  Ficou vermelho, remexeu-se embaraçado na cadeira.  Getúlio Vargas, porém atirou a cabeça para trás e rompeu numa franca risada, que lhe saiu da boca com a fumaça do charuto.
- Está bem, coronel.   O senhor tem os seus vinte homens.
Nestor levou vinte companheiros gaúchos escolhidos a dedo para Fernando de Noronha. 
Após a tentativa de golpe de 1938, muitos integralistas foram presos. Plínio Salgado, fundador da Ação Integralista Brasileira, mas que não participara diretamente das tentativas de golpe foi preso mais tarde, em 1939, e exilado. Grande parte dos integralistas foi enviada para Fernando de Noronha e, em 1942, transferida para Colônia Agrícola do Distrito Federal (CADF).
Belmiro Valverde, uma das lideranças das ações integralistas, foi condenado a 16 anos e meio de prisão pelo Tribunal de Segurança Nacional. Em 16 de abril de 1945, com decretação da anistia, Valverde e os demais presos políticos foram postos em liberdade

Praia de Dois Rios e a trilha para o Caxadaço.


Bela foto mostrando  trecho da praia de Dois Rios onde a  Barra Pequena se encontra com o mar.
No meio da mata a trilha Dois Rios  para o  Caxadaço.











Foto show do nosso amigo Juarez de Alagão cedida gentilmente para publicação exclusiva em nosso blog.