terça-feira, 26 de abril de 2011

Família *Péricles Moreira da Silva

Foto de 1947 tirada  na frente da *casa de Syro Manhães, telegrafista do presídio. Nela aparece Jadir, Aída e Marina, filhos de **Péricles Moreira da Silva e Maria Daguia Vieira da Silva

Notas:

*Ver a referida casa na década de 50
**Péricles Moreira da Silva, funcionário do antigo presídio, onde chegou a exercer a função de Chefe da Segurança.
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sábado, 23 de abril de 2011

Feliz Páscoa !




Para todos os meus leitores desejo uma Feliz Páscoa  e que nossa fé seja revigorada pela certeza de que Cristo ressuscitou e está entre nós.

Praia de Dois Rios-Ilha Grande

Praia de Dois Rios, destacando-se ao fundo, à esquerda da amendoeira a Ilha Jorge Grego.
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Ruínas do presídio Ilha Grande

Sucata de uma viatura que servia o presídio, entre ruínas 
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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Lenda Viva

POEMA
*Elane Rangel

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*Elane Rangel é filho de Octávio Rangel, antigo funcionário do presídio da Ilha Grande

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Aqueduto do Lazareto-Abraão-Ilha Grande

Barbosa Rezende-1909
O aqueduto foi erguido em 1893 para levar a água do córrego para o Lazareto na Vila do Abraão. Tem 125 metros de extensão e foi construído com óleo de baleia e pedra. A represa, na época construída para armazenar a água, continua em uso até hoje!
Pico do papagaio ao fundo

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Lembrando a família Sanhaço.

SANHAÇO

Verificando as fotos obtidas por Juarez Alagão me deparei com uma lápide da Família Sanhaço e logo me surgiu na memória  a figura do Sr.Sanhaço, um antigo funcionário do presídio (CADF-Colônia Agrícola do Distrito Federal) e que já estava lá antes de nossa chegada de Fernando de Noronha-1942.
Quando menino pensava eu que sanhaço fosse um apelido, fazendo comparação com um passarinho existente com esse nome e nunca como um nome de família.
Lápide do túmulo da família Sanhaço
O Sr. Sanhaço era antigo funcionário do presídio e  pelo visto nasceu na Ilha Grande, era uma pessoa simples, bom pescador e muito conversador,.tinha  como hábito intercalar nas frases que proferia, a palavra  "compreendeu ?”, e daí surgiu o apelido de "compreendeu" do Sr. Sanhaço.
O gosto pela pescaria e o hábito de tomar uma pinguinha  resultou em uma tragédia para a família Sanhaço. Em um determinado dia saiu o Sr. Sanhaço para uma pescaria, a noite,   na ponta do Exótoico, uma ponta de laje que avançava pelo mar a dentro, muito perigosa quando do mar revolto. No dia seguinte pela manhã na da do Sr. Sanhaço voltar, deixando o pessoal bastante preocupado e apreensivo. A tardinha  alguns colegas resolveram ir até ao referido pesqueiro e lá chegando  encontraram apenas os apetrechos de pesca do Sanhaço deduzindo-se que algo de mais grave havia ocorrido, fato mais tarde confirmado com o aparecimento do corpo, boiando na praia, enrolado na linha de pesca.
 Isso ocorreu, por volta de 1948 e ficou gravado na minha mente de adolescente.
Fica aqui o registro de uma figura simples, pai de uma prole numerosa, entre eles, Jorge,Sanhaço seu filho mais velho e meu colega de infância.

Antonio Pereira de Souza Neto.

Foto de Juarez de Alagão mostrando o túmulo da família Sanhaço no pequeno cemitério da Colônia, hoje completamente abandonado, sem manutenção,  num estado de total degradação




sábado, 9 de abril de 2011

Ambientes Opostos


                                                                 Crônica

 *Elane Rangel

                         Quem  viveu  em  Dois Rios, na Ilha Grande, pelo  menos, da  segunda  metade da década de quarenta   até  a consolidação total  do  regime  militar no Brasil,  por  volta   de  mil novecentos  e  setenta, pôde  constatar  dois  ambientes  diferentes,  sendo  vividos  no  mesmo lugar  e  ao  mesmo  tempo.
                                  Se por um  lado, na  parte  externa do  presídio, reservada  ao funcionalismo  e à comunidade  em  geral, a  vila, propriamente dita, havia  descontração  e  até  certo ponto, uma sensação  de  felicidade  em seus  habitantes; já  do lado  oposto, por trás dos  muros  do  cárcere, não poderíamos dizer a mesma coisa, pois  lá  pairava  tristeza  e  desolação.
                                   E  assim  fluía a  vida  na  Colônia   Penal  de  Dois Rios.
Vista do Presídio Cândido Mendes
                                   Presos  políticos  de  grande  influência partidária, jornalistas, intelectuais e até mesmo artistas renomados, conviviam  no  mesmo ambiente com os comuns, em sua grande maioria, elementos    desclassificados, a espúria da ralé:  ladrões, homicidas, facínoras de toda a  ordem, o que  mantinha um ambiente tenso  no presídio.
                                   Com  o regime político autoritário que se instalara no país, acirraram-se    mais os ânimos entre a guarda e o internos do presídio que,angustiados pela sensação   de  insegurança que havia, temiam pelo que lhes pudesse acontecer dali por diante; se cumpririam ,normalmente, as penas que já lhes haviam sido impostas, ou ,se medidas mais drásticas ainda poderiam recair  sobre eles.  
                                    Esse  estado de  ânimo era  mais  comum  entre  os  presos  políticos.
                                    Ainda no período revolucionário, um dos principais chefes do tráfico de drogas no Rio de Janeiro, José Carlos dos Reis Encina, o popular  “escadinha” que  se  encontrava  preso em Dois Rios, conseguiu evadir-se, numa fuga espetacular, com o auxílio de  um    helicóptero num ação rápida  e  bem urdida
                                    Todavia, antes  deste período  revolucionário, de triste   lembrança  para todos nós,  a vida em Dois Rios era pacata e tranqüila,  fluía  num ambiente  calmo  e  fraterno,   as pessoas demonstravam  felicidade  e   viviam   sem queixas.
                                  Até mesmo o lado carcerário, era relativamente calmo.   Os   presos   cumpriam suas  penas sem perturbarem  a ordem  externa. Porém, como em todo o presídio, vez em quando, surgiam  graves  conflitos entre  eles, chegando,por vezes, a cometerem  bárbaros  crimes contra  desafetos.                                       
                                    Mas... vida  de  cadeia  é  mesmo  assim!


* Elane Rangel é filho de Octávio Rangel filho de antigo funcionário do presído de Dois Rios.


                                                                                                      

 

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Memória fotográfica-1959

Posted by PicasaFoto de 1959 tirada num parquinho que existia em frente a casa do diretor do presídio que aparece ao fundo.. Da esquerda para a direita:o meu primo Eduardinho  (filho de Nestor Gitirana e Giselda). meu irmão Tatinha (filho de Milton Souza e Marcolina) e Polaco (filho de Ivo Moura e Célia)) meu irmão de fé, hoje, colaborador do nosso Blog. À frente com dois anos, Celinha filha de Lupércio de Albuquerque e Zeli (irmã do Polaco).

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Presídio Cândido Mendes, na Ilha Grande.




Crônica

 *Elane Rangel.

Como em todo e qualquer presídio, impera sempre a lei do mais   forte, do mais valente, e porque não dizer também, do mais cruel e covarde.
E no presídio Cândido Mendes, na Ilha Grande, não foi diferente.   Durante mais de meio século repetiram-se da mesma forma, as mesmas atrocidades cometidas em outras casas de detenção, ao redor do mundo.
Houve como sempre houve nos presídios do mundo inteiro: motins, fugas, ameaças de revolta, e perturbação da ordem interna, como queima de colchões,  camas e roupas de cama, na tentativa de intimidar  as autoridades responsáveis pelos estabelecimentos penais.
Em Dois Rios, na Ilha Grande, também foi assim. Houve algumas tentativas de intimidação, por parte dos internos, com ameaças   de  fugas,  motins e também a execução sumária de colegas de infortúnio, por não se mostrarem adeptos às suas ideias e planos macabros. Numa tentativa de afirmação, querendo mostrar assim, a seriedade de suas intenções.
Presídio Cândido Mendes-Dois Rios-lha Grande
Porém, debalde, foram os esforços daqueles que tentaram intimidar as autoridades, para causar a instabilidade e o desequilíbrio emocional de todos.
Em mil novecentos e sessenta e dois, vazou  um boato de   que  havia   um plano de revolta no presídio, no qual,  os presos tramavam uma fuga em massa, na hora do rancho, em que sequestrariam e matariam funcionários e seus familiares, e que apenas duas famílias seriam poupadas: a do Sr. Rangel  e da dona Cleonice (1), uma outra funcionária,  que exercia a função de professora e nas horas vagas,  de  catequista  dos   internos,  muito querida  pela  classe  carcerária. Felizmente, isso nunca aconteceu.
Durante todo esse tempo em que o presídio Cândido Mendes esteve na Ilha Grande, que tenha sido do meu conhecimento, houve apenas um caso de homicídio  cometido por um preso contra um funcionário do presídio. Trata-se do guarda de presídio José Honório, assassinado a tiros, com sua própria arma, por um interno componente da sua turma de trabalho.
Os crimes aconteciam internamente, entre eles próprios, os presidiários,  que, de tempos em tempos, os cometiam, sacrificando a vida de seus desafetos.