sábado, 28 de novembro de 2009

HOMENAGEM


Joana Baptista Pereira de Souza, Dindinha, minha Avó Paterna.Coração generoso,alma boníssima que cumpriu bem sua missão aquí no Planeta.
Presto aquí a minha homenagem sincera .
Dindinha faleceu em 27/05/1963 na Colônia Agrícola do Estado da Guanabara -CAEG (Na época Dois Rios pertencia ao Estado da Guanabara.  Foi sepultada no pequeno cemitério da Colônia.
Essa foto foi tirada em frente a casa do meu Tio Eduardo.
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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Memória fotográfica-Praia de Dois Rios na década de 50


Essa foto foi garimpada no Baú de fotos da minha família.Ela me parece que é da década de 50 quando se observa as roupas de banho da turma.Infelizmentente não conseguí identificar  nenhuma pessoa tendo em vista a qualidade da foto.
Vale o registro
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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

1892/1893/1894: Fernando de Noronha à Ilha Grande

1892
Presidente Floriano Peixoto – 1891-1894
Ministro da Justiça: Rodrigues Alves
Em dezembro de 1892, foi declarada de utilidade pública a desapropriação de terrenos na enseada do Abraão, com o objetivo de aumentar o isolamento e estabelecer um rigoroso cordão sanitário no local.

1893
Presidente Floriano Peixoto – 1891-1894
Ministro da Justiça: Serzedelo Correia

Em outubro de 1893, Floriano Peixoto assinou o decreto 1.558, que criou um novo regulamento para o serviço sanitário portuário, a ser implementado pela Inspetoria Geral de Saúde dos Portos. Se o navio não aceitasse se submeter à querentena e aos outros processos sanitários previstos no regulamento, ou se fornecesse informações falsas às autoridades brasileiras, poderia ser impedido de entrar no país. Nesse ano foram realizadas diversas obras no Lazareto da Ilha Grande, entre elas a construção da represa e do aqueduto.

1894
Presidente Floriano Peixoto – 1891-1894
Ministro da Justiça: Alexandre Cassiano do Nascimento

Cinco anos após a Proclamação da República, o envio de sentenciados para o presídio de Fernando de Noronha foi proibido.
Em setembro de 1894 foi criada a Colônia Correcional de Dois Rios (CCDR), Ilha Grande, instalada na antiga fazenda de mesmo nome, a qual, como já mencionado, fora comprada dez anos antes para servir de apoio ao Lazareto. Diferentemente das demais casas correcionais, a CCDR tinha como objetivo reabilitar especificamente pequenos infratores acusados de vadiagem. Entre 1894 e 1930, a CCDR voltou-se basicamente para o encarceramento daqueles que eram presos como contraventores.  A CCDR, em 1894, fazia parte de uma política modernizadora, que procurava consolidar uma racionalidade burocrática que estipulava regras detalhadas para o controle do comportamento. A instalação da CCDR respondia às exigências do regime disciplinar pelo Código Penal de 1890.
Os dois primeiros diretores da CCDR foram militares: major José Rodrigues Cabral e major Antonio Gonçalves Barreiros. 

BIco do Papagaio e enseada do Abraão


Linda vista da Vila do Abraão. Foto tirada  do Pico do Papagaio e cedida por Marquinho Ramuz que aparece na foto.


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Vila do Abraão

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Vista do Abraão tomada de uma das curvas da estrada que liga Dois Rios ao Abraâo.
A Vila do Abraão é a maior das Vilas da Ilha Grande, muito bonita e com razoável estrutura para receber os turista.
Vemos na foto o pequeno cais de atracação que os antigos moradores da Colônia conhecem tão bem. Dali chegavam e partiam as Lancha da Carreira .Era assim que se chamava a Lancha que fazia a ligação Ilha-Mangaratiba. Além delas o Presídio contava com as "possantes" TEN LORETTI. , uma lancha da década de 30 , que navega até hoje e a "NESTOR VERÍSSIMO" , construída na Colônia Dois Rios por volta de 1945.

Foto cedida por Marquinhos Ramuz

Caxadaço


Os moradores da Colônia tinham uma ligação muito estreita com o Caxadaço.O cenário deslumbrante, com pequena nesga de areia (Praia), emoldurada por uma exuberante vegetação.
É ligada a Colônia por uma trilha  difícil , cujo percurso demora cerca de 2 horas

Foto cedida por Marquinhos Ramuz
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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

1885/1886/1889: Fernando de Noronha à Ilha Grande

1885

Segundo Reinado – Dom Pedro II – 1841-1889 – Dos 15 aos 63 anos.

Ministro da Justiça: Afonso Augusto Moreira Pena

Igreja Nossa Senhora dos Remédios-Fernando de Noronha
Em 1885, ante o déficit de vagas nas prisões do Império, Fernando de Noronha tornou-se a prisão central do Império e passou a receber sentenciados de todos os lugares. Um novo regulamento foi decretado para melhorar as atividades lá desenvolvidas. Médicos e capelães assumiram papéis mais destacados. Critérios de bom comportamento foram estabelecidos. O número de presos aumentou drasticamente: chegou a 2.364, dos quais 1.467 eram civis, o maior número já registrado.

1886

Segundo Reinado – Dom Pedro II – 1841-1889 – Dos 15 aos 63 anos.

Ministro da Justiça: Joaquim Delfino Ribeiro da Luz

Há referências à estada de dom Pedro II no Lazareto no ano de 1886.

1889

Segundo Reinado – Dom Pedro II – 1841-1889 – Dos 15 aos 63 anos.
Início da República

Ministro da Justiça: Francisco de Assis Rosa e Silva

Dom Pedro II passou pela última vez no Lazareto em 1889, quando foi levado ao exílio pelo navio Alagoas.


1890: De Fernando de Noronha à Ilha Grande

1890
 Início da República

Presidente Deodoro da Fonseca – 1889-1891

Ministro da Justiça: Campos Sales

Em 1890, um ano após a República ser proclamada, um novo Código Penal foi decretado. A partir de intensa participação dos juristas da época e de um intenso diálogo com nações europeias e norte-americanas, foi decretado um código moderno com ênfase na prisão celular e na recuperação do preso. As penas de morte, bem como as penas perpétuas e coletivas, foram abolidas. O código reduziu penas como banimento, degredo e desterro, que não eram mais consideradas eficientes. A pena máxima passou a ser de trinta anos de reclusão. Também foram retiradas do código as penas de açoites e a de galés.  

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Colônia Dois Rios-Alameda das Palmeiras , hoje

  
Chegada à Colônia. Alameda ornada com Palmeiras Imperiais centenárias

Foto cedida por Marquinhos Ramuz


Trecho da praia de Dois Rios


Belíssima Praia da Colônia Dois. Felizes daqueles que usufruiram desse paraíso.
As férias escolares eram aguardadas com muita ansiedade.

Foto cedida por Marquinhos Ramuz
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1884: De Fernando de Noronha à Ilha Grande

1884

Segundo Reinado – Dom Pedro II – 1841-1889 – Dos 15 aos 63 anos.

Ministro da Justiça: Francisco Maria Sodré Pereira

No ano de 1884, o Lazareto na enseada do Abraão, Ilha Grande, foi construído para controle de epidemias que poderiam se propagar com a chegada de navios nos portos brasileiros. Seus edifícios afastados do continente possibilitavam a vigilância continua dos internos, que eram submetidos a um regime hierarquizado de isolamento. O Lazareto apresentava condições favoráveis ao exercício da vigilância. Uma vez que os quarentenados poderiam ser internados contra a vontade, era preciso que as instalações contassem com meios para impedir a fuga.
Em 1942, as edificações do Lazareto foram recuperadas para abrigar a Colônia Penal Cândido Mendes. O Lazareto foi transformado, gradativamente, de uma estação de quarentena em colônia penal. Foi uma das mais dispendiosas obras do Império. Para construir o Lazareto, o governo imperial adquiriu a Fazenda do Holandês e, logo em seguida, a de Dois Rios. As duas fazendas ocupavam uma grande área: a do Abraão media dez mil metros, estendendo-se da ponta do Galego até o porto da Alfândega, atual ponte de atracação. A de Dois Rios tinha 13.629 metros e estendia-se do canto de Santo Antonio, em Lopes Mendes, até o Mar Virado, na pedra do Atanásio, perto da Parnaióca. O Lazareto tinha capacidade de atender 1.500 quarentenados, dispostos em pavilhões de primeira, segunda e terceira classe. Na Fazenda do Holandês, situada na praia do Abraão, foram instaladas as principais edificações. A Fazenda de Dois Rios foi utilizada para abastecimento de víveres e criação de gado. As obras do Lazareto ficaram prontas em fevereiro de 1886. Entre os primeiros diretores, há registros das atuações de Abdon Felinto Milany (1886), Luís Manuel Pinto Netto (1887), Joaquim José Torres Cotrim (1888) e Lopes da Cruz (1901). A primeira quarentena realizada no Lazareto foi a do navio alemão Bahia, em 1886. A razão era o controle da cólera.
Lazareto que virou Instituto Penal Cândido Mendes-Abraão
Utilizado em diversos períodos como presídio militar, o complexo foi completamente desativado em 1962. Todo o complexo que abrigava o Lazareto da Ilha Grande, depois Colônia Penal Cândido Mendes (CPCM), foi destruído por implosão em 1962, por ordem do então governador do Estado da Guanabara, Carlos Lacerda. Junto com as instalações da penitenciária, cujas ruínas podem ser observadas até os dias de hoje, foram destruídos os principais marcos da antiga Fazenda do Holandês. A lembrança do passado ainda está presente entre moradores da região. Segundo algum deles, o Lazareto da Ilha Grande funcionou até 1935, como local de quarentena. Lembram-se de ter trabalhado lá quando eram crianças. Fazem parte da história da Ilha Grande as embarcações que chegavam ao Abraão e à Praia Preta, os muros altos, as locomotivas a carvão que circulavam entre o cais e o interior dos armazéns, a lavanderia, a farmácia, as enfermarias, assim como as estufas utilizadas para desinfetar roupas e materiais contaminados.


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

FAMÍLIA MILTON SOUZA


Fotos de Marcelo, meu irmão, e Ilvo colega de infância, filho de Romangueira e Dona Regina.
Na parte superior esquerda vê-se O cassino e sua mangueira Centenária.

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FAMÍLIAS



Essa foto, salvo engano, foi tirada na praia da Colônia. Nela vemos as primas Sonia( filha do Nestor Gitirana)e Hilca (filha da Cleonice).Aparecem ainda meus irmãos Marcelo, Milton e o Primo Sandor(filho da Cleonice).
Os Padrecos e os dois garotos não conseguí identificar
Essa foto data provavelmente de 1955 e pelas roupas do pessoal era inverno.
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1877-1880-1883: De Fernando de Noronha à Ilha Grande


1877 

Segundo Reinado – Dom Pedro II – 1841-1889 – Dos 15 aos 63 anos.


Em 1877 Fernando de Noronha passou a ser administrada pelo Ministério da Justiça.

1880

Segundo Reinado – Dom Pedro II – 1841-1889 – Dos 15 aos 63 anos.

Ministro da Justiça: Sousa Dantas

Conforme relatório do ministro de Justiça, de 1880, a tentativa de implantação de colônias livres de sentenciados regenerados deu lugar à formação de uma mistura entre famílias de funcionários e criminosos formadora de um foco de corrupção e imoralidade. Um relatório do Dr. Antonio Herculano de Sousa Bandeira Filho ao ministro da Justiça e Negócios Interiores sobre Fernando de Noronha denunciava má alimentação, trabalho forçado na construção de estradas, trajes frágeis, feitos com panos de farinha e assim por diante.


1883

Segundo Reinado – Dom Pedro II – 1841-1889 – Dos 15 aos 63 anos.
Ministro da Justiça: Francisco Prisco de Sousa Paraíso

Trezentos presos da Casa de Detenção do Distrito Federal, encarcerados em número muito superior à capacidade do prédio e sobrevivendo em condições humilhantes, destruíram delas, dependências e equipamentos.
Ruinas da antiga Correcional Dois Rios
Embora a dificuldade de controle de abusos e irregularidades em Fernando de Noronha já fosse apontada nos relatórios oficiais, a ideia da ilha-presídio isolada geograficamente continuou a exercer fascínio entre as autoridades e foi mais tarde implantada na Ilha Grande. A importância assumida tanto por Fernando de Noronha, ao longo do Império, como pela Colônia Correcional de Dois Rios (CCDR), no período republicano, foi significativa.





Residências dos funcionários da Colônia Dois Rios


Nessa casa  se hospedavam os visitas oficiais do Presídio e era ligada diretamente ao Diretor.
Ficava próxima a casa do Diretor, com bela vista para o mar e a Barra (Rio).
Vejam o estado de abandono que ficou...

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domingo, 22 de novembro de 2009

FAMÍLIA MILTON SOUZA

Essa foto é de 1950,  nela aparece Sr. Sadi, Funcionário da Colonia e pai de amigos de infância, Tabajara, Guarani, Polaca, etc. A esquerda vemos o Casino e na rua ao fundo as casas de Walter Ramuz, Oriental, Amabilia e outros , que não me lembro.
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sábado, 21 de novembro de 2009

FAMÍLIA MILTON SOUZA

Posted by PicasaFoto de 1943, vendo-se minha mãe Marcolina, meu irmão Marcelo e Marton, ambos falecidos) .
O da direita sou eu (Toinho). Essa foto foi tirada na escada de acesso a nossa  primeira casa na Colônia.Era uma casa do início do século , ainda do tempo do antigo presídio, Colônia Correcional Dois Rios (CCDR).

1849-1850-1859-1863-1865: Fernando de Noronha à Ilha Grande

1849

Segundo Reinado – Dom Pedro II – 1841-1889 – Dos 15 aos 63 anos.

Ministro da Justiça: Eusébio de Queirós Coutinho da Câmara

Embora Fernando de Noronha já fosse uma prisão, somente em 1849 foi construída uma instalação, conhecida como “Aldeia”, com mão-de-obra carcerária. Nela, dois salões abrigavam os sentenciados mais perigosos.

1850

Segundo Reinado – Dom Pedro II – 1841-1889 – Dos 15 aos 63 anos.

Ministro da Justiça: Eusébio de Queirós Coutinho da Câmara

Com a proibição do tráfico negreiro, em 1850, a condição de isolamento da Ilha Grande favoreceu a entrada e a comercialização ilegal de escravos. A administração de toda a área era feita pelas autoridades que se localizavam no continente, em Angra dos Reis, a qual foi elevada à categoria de cidade em 1835.

  1859

Segundo Reinado – Dom Pedro II – 1841-1889 – Dos 15 aos 63 anos.

Ministro da Justiça: Manuel Vieira Tosta

Em 1859 foi decretada uma lei que permitia o envio para Fernando de Noronha de todos aqueles que tivessem sido condenados em lugares onde não existissem prisões. O número de presos aumentou muito.

1863

Segundo Reinado – Dom Pedro II – 1841-1889 – Dos 15 aos 63 anos.

Ministro da Justiça: Caetano Maria Lopes Gama

No diário de Dom Pedro II, por ocasião de uma viagem a Angra dos Reis, o imperador mencionou uma parada na Ilha Grande e o desembarque nas enseadas de Palmas e do Abraão.




1865

Segundo Reinado – Dom Pedro II – 1841-1889 – Dos 15 aos 63 anos.

Ministro da Justiça: Francisco José Furtado

Em 1865, havia em Fernando de Noronha 931 sentenciados, sendo apenas 206 militares. Dentre os civis, a maior parte cumpria pena de galés, acusada de homicídio e outros delitos. Das mulheres que lá se encontravam praticamente todas eram acusadas de homicídio. A população carcerária de Noronha era quatro vezes maior do que qualquer outra instituição do Império. Nesse período, a “Aldeia” servia apenas como local de detenção obrigatória, à noite, para os sentenciados considerados incorrigíveis. Durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), a população de Fernando de Noronha caiu bruscamente, uma vez que centenas de presos eram recrutados pelo Exército. Nesse ano, foi escrito o primeiro regulamento do presídio, pelo brigadeiro Henrique de Beaurepaire Rohan.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

1844-1848 : De Fernando de Noronha à Ilha Grande

1844

Segundo Reinado – Dom Pedro II – 1841-1889 – Dos 15 aos 63 anos.

Ministro da Justiça: Manuel Alves Branco

Nesse ano, segundo uma estatística do Ministério da Guerra, havia 187 sentenciados em Fernando de Noronha, dos quais 75 condenados à pena de galés, 84 à prisão simples e 28 à prisão com trabalho. Dentre os presos, quatro eram mulheres.

Fernando de Noronha-Igreja N. S. dos Remédios
Presença Farroupilha em Fernando de Noronha. No ano de 1844, a Revolução Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul, levou para Fernando de Noronha um contingente de revolucionários. Havia a intenção de ser encaminhado para a ilha-presídio o mais famoso daqueles revolucionários: Bento Gonçalves. No brigue-escuna “Constância” saiu o herói do Rio de Janeiro (onde já estava preso) em direção ao arquipélago. Fazendo escala em Salvador, não pode o navio prosseguir. Era velho e precisava de reparos. Por isso, Bento Gonçalves foi recolhido ao Forte baiano de São Marcelo, que parecia o lugar mais seguro.
A tentação de isolar no arquipélago nordestino parte dos revolucionários acabou acontecendo, quando esses prisioneiros políticos estavam sendo levados para a Bahia e, sabendo os comandantes da operação, que emboscadas tentariam matar os heróis gaúchos, desviaram as embarcações para Fernando de Noronha, onde sabiam já estar instalada uma colônia penal. Nada foi divulgado na época.
Somente em 1938, quando veio comandar o Presídio Político o gaúcho Nestor Veríssimo foi que alguns seus auxiliares tentaram organizar velhos papéis, reunindo-os cronologicamente e por assuntos. Com surpresa, encontraram a relação dos revoltosos da Farroupilha (1935-1844), que teriam sido recambiados para a Noronha, pelas dificuldades de desembarque na Bahia. O responsável pela “arrumação” do arquivo, João Henrique Domingues, copiou a lista e, anos mais tarde, enviou cópia para o primo do Nestor Veríssimo, o escritor Érico Veríssimo que, conhecendo seu conteúdo, repassou-a para o historiador gaúcho Walter Spalding, que escrevia a obra “Um forte baiano ligado ao Rio Grande do Sul”. E então a lista foi incluída no trabalho, esclarecendo e prisão na ilha nordestina, jamais antes divulgada.
Foram 49 prisioneiros farroupilhas, chegados na Ilha de Fernando de Noronha em 28 de outubro de 1844, na barca “Esmeralda”. Devem ter vindo antes outros presos, dos quais não se conhece a relação nem o número de pessoas, mas se sabe, com certeza, que, em 20 de novembro daquele ano, menos de um mês após ter chegado essa meia centena de presos, 17 do primeiro grupo encaminhado - da qual se perdeu a relação completa - estavam sendo “devolvidos”, todos embarcados para a Capital da Província de Pernambuco sendo que 16 deles “com o fim de sentarem praça” e um remetido como “criminoso de morte”. Essas informações só foram divulgadas quando a relação chegou às mãos de um historiador. Sabe-se que os originais foram enviados para o Arquivo Nacional no Rio de Janeiro, onde estão até hoje.
Pena que - mesmo no Rio Grande do Sul - esse momento histórico é pouco conhecido. O trabalho de Walter Spalding, publicado pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, circulou no restrito círculo de pesquisadores interessados pela história pátria. A grande divulgação não se fez.
Em 2007, o episódio dos farroupilhas em Fernando de Noronha foi incluído na obra “FERNANDO DE NORONHA – CINCO SÉCULOS DE HISTÓRIA, escrito pela professora Marieta Borges Lins e Silva, divulgando essa aventura. Ainda bem que foi assim!

1848

Segundo Reinado – Dom Pedro II – 1841-1889 – Dos 15 aos 63 anos.
Ministro da Justiça: Saturnino de Sousa e Oliveira

Embora as prisões militares já ocupassem diversas ilhas, nesse período as autoridades ainda não cogitavam sobre a possibilidade de uma prisão na Ilha Grande. Lá havia grandes plantações de cana-de-açúcar e de café, ambas com mão-de-obra escrava. Produzia-se também aguardente, importante na troca por escravos. As fazendas que mais se destacavam eram aquelas situadas nas vilas de Sant’Anna, Abraão (Fazenda do Holandês) e Dois Rios. Existiam ainda fazendas ao longo de praticamente toda a ilha, de Lopes Mendes, passando pela Parnaióca, Aventureiro, Bananal até Sítio Forte.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

1737-1830-1833 De Fernando de Noronha à Ilha Grande

1737

Brasil Colônia – 1500-1822

Antes de se tornar o paraíso turístico e ecológico dos dias atuais, o arquipélago de Fernando de Noronha foi o local de detenção de condenados, que funcionou de 1737 até 1942, sendo que de 1938 em diante apenas para presos políticos do Estado Novo.


Fernando de Noronha - Foto anterior a 1910
No ano de 1737 o arquipélago de Fernando de Noronha foi definitivamente ocupado pelos portugueses, sendo os franceses expulsos por uma expedição vinda do Recife a mando do governador Henrique Luís Pereira Freire e comandada pelo tenente-coronel João Lobo de Lacerda, à frente de 250 praças, sem nenhuma resistência. A fim de impedir novas investidas dos franceses, são construídos os fortes de Nossa Senhora dos Remédios, Nossa Senhora da Conceição e Santo Antônio.
Os registros mais antigos, dizem que a partir de 1737 começou a história do presídio de Fernando de Noronha. 


1830

Primeiro Reinado – Dom Pedro I – 1822-1831.

Ministro da Justiça: João Inácio da Cunha

O primeiro Código Penal estabelecia que, enquanto não se construíssem prisões com capacidade de prover os sentenciados com trabalho, as penas de prisão com trabalho deveriam ser substituídas por penas de prisão simples. A maior parte dos delitos tinha como pena as prisões, as quais eram realizadas no local do crime. Mas havia ainda outras penas menos utilizadas a serem consideradas. No caso das penas de banimento, o condenado era exilado do território brasileiro. Degredo significava o cumprimento de exílio interno, em determinado local e tempo. Desterro representava exílio interno em local diferente daquele onde o delito fora praticado.


1833

Período Regencial - Dom Pedro II – 1831-1840 – dos 6 aos 14 anos
Ministro da Justiça: Cândido José de Araújo Viana
Fernando de Noronha, contudo, presídio militar, administrado pelo Ministério da Guerra e localizado em uma ilha no litoral do Nordeste brasileiro, assumiu um papel importante durante o Império. Diversas características foram implantadas nessa prisão, como um regime semiaberto. A partir de outubro de 1833, Fernando de Noronha começou a receber, além dos réus militares, os condenados à pena de galés, acusados de fabricarem ou introduzirem moedas falsas.






sexta-feira, 6 de novembro de 2009

TENENTE LORETTI

                   Muitas recordações. Lancha antiga, ainda em atividade, que fazia o transporte para
                                                      a Ilha Grande (Presídio)

CASA DE FUNCIONÁRIOS

                Rua Parana. Aí moravam Olí Demutti, Ivo Moura, Dr. Jairo Vagner, Kerny, Galileu e outros.

CASA DE FUNCIONÁRIOS

                                         Casa de Geraldo Vilela em primeiro plano.

Presídio, fachada

                                     Entrada principal do Presídio. Aí ficava o corpo da Guarda

Casa dos Diretores do Presídio

 Antiga casa do Diretor, hoje abandonada

O primeiro presídio

                          Prédio da administração do antigo presídio (Colônia Correcional Dois Rios)
                Serviu para alojamento de presos políticos, até 1945. Foi demolido na década de 50

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Praia de Dois Rios e Barra Grande

Barra Grande, um dos Rios da Colônia, corre por trás do presídio e desemboca
na extrema direita da praia.. Linda foto.




                                                                      e

Praia de Dois rios

                                                                             Por  do Sol

domingo, 1 de novembro de 2009

gre

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