Este é um blog despretensioso onde quero registrar, entre outras, o meu amor pela Colônia de Dois Rios. Sou filho de antigo funcionário do Presídio que deseja manter viva a história de Dois Rios, desde quando era uma fazenda de café até a instalação de presídios. Quero mostrar como vivia a comunidade formada por funcionários e seus familiares, postando imagens antigas, depoimentos, documentos e mostrando a situação da Colônia, hoje.
terça-feira, 27 de julho de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
Filhas de antigos funcionários.
Um dos Rios.... da Colônia de Dois Rios
Foto Show-Lindo trecho da Barra Pequena a caminho do mar. Recordo-me que aquí a garotada da época costumava pegar siris e tainhas na maré cheia. Observa-se ao fundo, escondida pela mata e o manguezal, a Igreja da Colônia de Dois Rios. Foto cedida gentilmente pelo amigo desse Blog, Juarez Gustavo Amorim de Alagão. |
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Memória Fotográfica-Diretor e Funcionários
Foto que nos remete a segunda metade da década de 40. onde aparece o Diretor Heitor Coimbra e alguns de seus funcionários que faziam parte da administração e segurança do presídio (Colônia Agrícola do Distrito Federal).
Gostaria que com a cooperação dos seguidores do meu BLOG, filhos de antigos funcionários ou descendentes, pudéssemos identificar os demais.
Gostaria que com a cooperação dos seguidores do meu BLOG, filhos de antigos funcionários ou descendentes, pudéssemos identificar os demais.
IDENTIFICADOS:
-No centro, de branco, o Diretor Heitor Coimbra que assumiu com a morte do Coronel Nestor Veríssimo.
1- Ivo Moura
2- Rubem Manhães
3- Laerte Manhães
4- Catino
4- Catino
Foto gentilmente cedida por Edison Manhães, filho de Rubem Manhães que aparece na histórica foto.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
A Ilha hoje, por Dennis de Almeida.
A Ilha hoje
A vila principal ainda está lá. O Abraão, como é chamado hoje, é o principal ponto de partida dos passeios que percorrem toda a ilha. Lojas, agências de turismo, pousadas e restaurantes servem ao grande volume de turistas que chegam lá todos os dias. Falaria com grande prazer da viagem como um todo, mas esta não é uma resenha de uma viagem, ao menos não no sentido literal.
Na verdade, o que me impressionou foi a vila de Dois Rios. A trilha por onde Graciliano andou não existe mais, substituída por uma estrada de terra construída na década de 1940. Da última vez, levei quase três horas para atingir o final da estrada, ladeada por palmeiras imperiais que parecem se fechar em torno de quem chega.
Encontrei uma vila semi-abandonada, pois, segundo os moradores, quando antigos funcionários do presídio morrem ou deixam o local, as casas são entregues ao governo do estado que simplesmente as deixa definhar, com o mato ocupando quintais e invadindo a área construída. Poucas pessoas andam pelas ruas, quase nenhum comércio. Somente as poucas casas ainda conservadas quebram a sensação de estarmos andando por uma cidade-fantasma.
Quando se chega à entrada do presídio constata-se que ele não existe mais. Somente a ala de triagem, a fachada e alguns muros e guaritas sobreviveram à implosão de 1993, por ordem de Leonel Brizola, à época governador do Rio de Janeiro. Ao fundo é possível avistar os escombros dos pavilhões, mas não existe qualquer trabalho no sentido de conservar este local. Por quê?
Pierre Nora cunhou o termo “lugar de memória”, que seria “toda unidade significativa, de ordem material ou ideal, da qual a vontade dos homens ou o trabalho do tempo fez um elemento simbólico do patrimônio da memória de uma comunidade qualquer”. Não define bem o que é este presídio, sem dúvida um dos mais famosos do Brasil no que se refere a prisões políticas?
Então, qual é a razão do esforço de apagar os rastros desta história? Hoje a ilha é dividida em dois parques. O discurso sobre a preservação ecológica é repetido constantemente. O problema é que esta preservação não se estende à parte da história da ilha. Os piratas ganham espaço até em camisetas e outros suvenires. Com certeza vendem bem mais do que prisioneiros, políticos ou comuns.
Escrever sobre isto fez lembrar-me de um trecho de Incidente em Antares, de Erico Veríssimo. Ao final de um acontecimento que tornou impossível a continuidade da rotina da cidade de Antares, seus lideres acharam de bom tom reunir todos os esforços possíveis para apagar o acontecimento da memória das pessoas. Proibiu-se de comentá-lo, queimaram-se os jornais da época, reprimiu-se ao máximo qualquer tentativa de resgatá-lo. Deram o nome significativo de Operação Borracha a este esforço coletivo de esquecimento.
E não é que em um lugar com tão belas praias, e de dias felizes, não se pode presenciar uma Operação Borracha em curso há mais de 15 anos? Com certeza os censores que tiveram os originais de Memórias do Cárcere nunca teriam pensado meios tão eficazes para destruir um espaço de dissenso, de confrontação de idéias e, no caso, de memórias".
*Dennis de Almeida é historiador e já publicou comentário, em Paisagens da Crítica.
sábado, 10 de julho de 2010
Viagem à Dois Rios-Ilha Grande-1978
Foto do meu acervo nos remete a 1978, lembrando uma viagem feita a Colõnia dois Rios. Na foto a viagem de regresso na famosa lancha Tenente Loreti, onde aparecem meu filho Alexandre, Rosaly esposa de Ivo Tambasco,companheiro de trabalho, minha filha Cláudia e minha esposa Liti. Esse gordo de branco não sou eu não tá ?
sexta-feira, 9 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
Ilha Grande em Memórias, por Dennis de Almeida
COLÔNIA DE DOIS RIOS DÉCADA DE 40 |
Localizada no Estado do Rio de Janeiro, a ilha ganhou já no século XIX status de lugar maldito quando o Império comprou duas fazendas na ilha, uma voltada para o continente, que viria a ser o chamado “Lazaretto”, usado na quarentena dos imigrantes que iriam para o Rio de Janeiro ou São Paulo. Este prédio viria a também cumprir o papel de prisão de 1893, com a detenção de participantes da Revolta da Armada, até sua implosão em 1963, por decreto do governador do antigo estado da Guanabara Carlos Lacerda.
A outra fazenda comprada, virada para o oceano, transformou-se em colônia penal em 1903. Esta é a prisão de Graciliano Ramos. Para se chegar neste lugar, era necessário atravessar a ilha por uma trilha que subia a montanha que separava os dois lados da ilha. Este caminho começava no pequeno povoado que servia de sede da ilha, chamado Abraão. Depois desta caminhada, encontrava-se a vila de funcionários e o presídio propriamente dito. A recepção não é das mais animadoras. O oficial responsável pelos presos é incisivo: “Vocês não vêm corrigir-se, estão ouvindo? Não vêm corrigir-se: vêm morrer”.
sábado, 3 de julho de 2010
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