segunda-feira, 29 de março de 2010

1930-1932:Fernando de Noronha à Ilha Grande

1930

Presidente Getúlio Vargas – 1930-1934 – Governo Provisório

Ministro da Justiça: Osvaldo Aranha

A partir de 1930, o perfil da Colônia Correcional de Dois Rios (CCDR) modificou-se novamente. A configuração de um novo sistema policial teve início imediatamente após a deposição de Washington Luís e a inauguração do Governo Provisório. Com o aumento das prisões políticas, feitas, na maioria das vezes, sem julgamentos e processos, todos os estabelecimentos penais ficaram lotados.
No começo da década de 1930, a CCDR encontrava-se negligenciada pelas autoridades federais, apresentando condições precárias de habitação. No final do governo Washington Luís (1926-1930), a Colônia Correcional de Dois Rios encontrava-se abandonada, e a população carcerária não chegava a trezentos internos.
Ao subir ao poder, Getúlio Dornelles Vargas suspendeu a Constituição e fechou o Congresso. Nomeou interventores para substituir os antigos presidentes de Estado. Fortaleceu os órgãos de segurança interna e reprimiu uma série de manifestações contrárias ao seu governo. Nos primeiros anos no poder, implementou uma grande mudança nos quadros da força policial, com a substituição de antigos titulares da polícia. João Batista Luzardo foi nomeado chefe da polícia do Distrito Federal. Gaúcho, formado em medicina no Rio de Janeiro.

1932

Presidente Getúlio Vargas – 1930-1934 – Governo Provisório

Ministro da Justiça: Afrânio de Melo Franco

Os soldados que participaram da Revolta Constitucionalista de 1932 foram enviados para o Lazareto. Entre os detidos encontrava-se o escritor Orígenes Lessa, que relatou com detalhes a prisão na Ilha Grande dos presos desse movimento.
Ainda em 1932, o funcionamento do Lazareto ficou sob a responsabilidade da Colônia Correcional de Dois Rios (CCDR). As edificações situadas na Vila do Abraão encontravam-se em péssimo estado de conservação.
Um dos testemunhos mais completos que temos desse período é o do Orígenes Lessa, preso por três meses. Além de uma reportagem de grande repercussão, “Nada há de ser nada”, ele publicou o livro “Ilha Grande: jornal de um prisioneiro de guerra”, em que relata a chegada e a prisão dos dois mil presos da revolta de 1932.
Agildo da Gama Barata Ribeiro, ex-tenentista, participante ativo na deflagração da revolução de 1930, também foi preso na Ilha Grande.
O diretor do Lazareto era o tenente Victorio Caneppa.

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