1936
Presidente Getúlio Vargas – 1935-1937 – Governo Constitucionalista
Pelo relatório enviado pelo diretor Victorio Caneppa a Filinto Müller sobre sua gestão penitenciária, em janeiro de 1936, muitas mudanças haviam ocorrido na Colônia Correcional de Dois Rios. Segundo ele, a fugas haviam diminuído. Apontava também o término do espancamento, do aproveitamento dos correcionais no serviço doméstico pelos funcionários. A gestão de Caneppa foi repleta de obras, com o recebimento de verbas para as reformas.
Correcional Dois Rios-Demolido |
Em 1936, a Colônia Correcional de Dois Rios terminou o ano com 1.388 detentos.
Graciliano Ramos foi preso em 3 de março de 1936, em Maceió, e transferido para o Rio de Janeiro no porão do navio Manaus, com muitos outros presos, tendo ficado inicialmente na Casa de Detenção. De lá foi levado para a Colônia Correcional de Dois Rios (CCDR). Descreveu com detalhes a viagem de trem até Mangaratiba, a lancha até o Abraão e a penosa caminhada feita a pé do Abraão até Dois Rios. Na Ilha grande, Graciliano Ramos esteve preso apenas 18 dias, ou seja, entre 11 e 29 de junho. Na época da prisão de Graciliano, o diretor interino era o doutor Sardinha.
Agildo Barata e Aparício Torelli, vindos da Casa de Detenção, Rio de Janeiro, em 1936, foram transferidos para Dois Rios.
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