quarta-feira, 19 de maio de 2010

1936 : Fernendo de Noronha à Ilha Grande

1936

Presidente Getúlio Vargas – 1935-1937 – Governo Constitucionalista

Ministro da Justiça: Vicente Rao

Pelo relatório enviado pelo diretor Victorio Caneppa a Filinto Müller sobre sua gestão penitenciária, em janeiro de 1936, muitas mudanças haviam ocorrido na Colônia Correcional de Dois Rios. Segundo ele, a fugas haviam diminuído. Apontava também o término do espancamento, do aproveitamento dos correcionais no serviço doméstico pelos funcionários. A gestão de Caneppa foi repleta de obras, com o recebimento de verbas para as reformas.
Correcional Dois Rios-Demolido
Em outubro de 1936, com o início do funcionamento do Tribunal de Segurança Nacional (TSN), passaram a ser julgados e condenados a cumprir sentenças todos aqueles que se colocavam contra o regime de Vargas. O TSN surgiu como órgão da Justiça Militar, funcionando apenas no Distrito Federal e contrariando a Constituição, que dizia não poder haver tribunal de exceção.
Em 1936, a Colônia Correcional de Dois Rios terminou o ano com 1.388 detentos.
Graciliano Ramos foi preso em 3 de março de 1936, em Maceió, e transferido para o Rio de Janeiro no porão do navio Manaus, com muitos outros presos, tendo ficado inicialmente na Casa de Detenção. De lá foi levado para a Colônia Correcional de Dois Rios (CCDR). Descreveu com detalhes a viagem de trem até Mangaratiba, a lancha até o Abraão e a penosa caminhada feita a pé do Abraão até Dois Rios. Na Ilha grande, Graciliano Ramos esteve preso apenas 18 dias, ou seja, entre 11 e 29 de junho. Na época da prisão de Graciliano, o diretor interino era o doutor Sardinha.
Agildo Barata e Aparício Torelli, vindos da Casa de Detenção, Rio de Janeiro, em 1936, foram transferidos para Dois Rios.


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