quinta-feira, 29 de abril de 2010

Igreja (Capela) Nova-Dois Rios





A Capela de Nossa Senhora dos Homens, construída em 1938, é um patrimônio local especialmente valorizado pelos moradores da Ilha e foi totalmente restaurada. Já a Casa para Cultos Evangélicos será implantada em um imóvel onde funcionava a antiga oficina mecânica do presídio”.








O texto acima  foi publicado pelo Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável - CEADS, mas faz-se necessário  esclarecimentos de forma que alguns fatos sejam preservados.

A HISTÓRIA




segunda-feira, 26 de abril de 2010

Cemitério da Colônia Dois Rios

 
CEMITÉRIO DA COLÔNIA DOIS RIOS

Hoje resolvi escrever sobre o  cemitério da Colônia Dois Rios  devido ao
estado de abandono em que ele se encontra, por descaso  e  evidente  falta de sensibilidade das autoridades que administram o que restou da Colônia.
PICT1167Cemiterio
Tentam apagar da memória do povo tudo  que se
relaciona ao "Presídio da Ilha  Grande" que foi a
mais importante instituição prisional do Brasil,
que cumpriu, com erros e acertos, a sua
finalidade dentro do sistema carcerário do
País.
Dos seus antigos funcionários e familiares, que lá trabalharam e residiram por anos a fio, com dificuldades e riscos, nada se escrevem ou reconhecem, mas
se louvam  bandidos "famosos", facínoras e
desordeiros. Alguns políticos corruptos e "personalidades" importantes   também são glorificados mas que, pensando bem ,  talvez merecessem o mesmo tratamento aplicado aos presos ditos "comuns".

Depois desse desabafo de uma pessoa, hoje com
74 anos, filho de um antigo funcionário  e que viveu na Colônia   parte de sua infância e
adolescência, vamos ao assunto principal:


Antigo Barracão da Pesca

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dois Rios-Segunda metade da década de 40

Barra, um dos rios da Colônia. No centro,à direita, a casa das visitas, hoje já completamente destruída. À esquerda o barracão da pesca e a praia de Dois Rios.


Foto de Cyro Manhâes, funcionário e antigo telegrafista do presídio.
Foto gentilmente cedida por Edison Manhâes, filho de Rubem Manhâes (irmão de Syro), antigo funcionário do presídio.

Lopes Mendes-Ilha Grande


Praia de Lopes Mendes  -  Oceânica, aproximadamente 3 km de areia branca, muito fina. Apesar do mar bater forte é bem rasa. É boa para a prática do Surf.


Foto de Gabriella Bernardi


sábado, 17 de abril de 2010

Lauro Reginaldo da Rocha - Bangu

Colônia Agrícola do Distrito Federal no tempo da prisão de Lauro Reginaldo da Rocha-Bangu 
Bangu  era o nome de guerra do mossoroense Lauro Reginaldo da Rocha dentro do Partido Comunista Brasileiro. Foi ope-rário, sindicalista, militante político, Secretário Geral do Partido. Sofreu  várias prisões, onde viveu a experiência da violência até o limite da tortura, tudo em nome de uma causa: a causa do proletariado brasileiro. 
Nasceu em Mossoró no dia 17 de agosto de 1908.
Transcrevemos abaixo parte das memórias de Lauro Reginaldo 
da Rocha, capítulo em que ele dedica o período em que esteve preso na Colônia Dois Rios.

 A ILHA GRANDE


Fomos avisados da nossa ida para a Ilha Grande. A Ilha Grande, como presídio, tinha uma pavorosa fama. Em capítulo anterior destas memórias fizemos ligeiras referências ao pavor que a Ilha Grande inspirava aos presos comuns. Quanto aos presos políticos, meus irmãos Jonas Reginaldo da Rocha e Antônio Reginaldo Sobrinho lá estiveram por dois anos, quando vieram deportados do Rio Grande do Norte, juntamente com centenas de outros companheiros, após a revolução de 1935.




Era diretor do presídio naquela época, o famoso Canepa, que celebrizou-se pelas crueldade que infligia os presos em geral, que tinham a infelicidade de cair sob sua guarda. Presos comuns e presos políticos viviam sob regime forçado, obrigados a carregar vigas perigosamente pelas montanhas, sem ter em conta a constituição física e a saúde de cada um.
Jonas, com um pouco mais de resistência, conseguiu subsistir aos maus tratos. Toínho mais fraco, não resistiu e chegou a ser carregado nas costas pelo conterrâneo Epifânio Guilhermino que demonstrou na hora da aflição, o seu elevado espírito de solidariedade, o que fez reforçar a estima e o apreço que sempre tivemos por ele.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Casa do Diretor do Presídio

Posted by Picasa1978-Casa do Diretor do Presídio
Construção de 1942  com dois pavimentos e dois belos jardins laterais. A casa em frente a Praia de Dois Rios, vista lindíssima. Em 78 a casa já estava em processo de degradação e hoje com o estado de abandono em que se encontra toda a Vila, devido a incompetência das nossas autoridades, tudo caminha para a destruição total.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

1933-1934-1935: Fernando de Noronha à Ilha Grande

1933

Presidente Getúlio Vargas – 1930-1934 – Governo Provisório

Ministro da Justiça: Francisco Antunes Maciel Júnior

No ano de 1933, Hitler subiu ao poder na Alemanha e Mussolini, na Itália.
Em janeiro de 1933, Filinto Müller foi escolhido para chefiar a poderosa Delegacia Especial de Segurança Política e Social (DESPS). No mês seguinte, ele assumiu o cargo de chefe de polícia, diretamente subordinado a Vargas, substituindo João Alberto. Filinto Müller alcançou poderes ilimitados na garantia da ordem, exigindo a prisão e o exílio de indivíduos considerados perigosos pelo regime de Vargas. O diretor da Colônia Correcional de Dois Rios (CCDR) era subordinado diretamente ao chefe de polícia, Filinto Müller. 

1934

Presidente Getúlio Vargas – 1930-1934 – Governo Provisório

Ministro da Justiça: Vicente Rao

Em 16 de julho de 1934 foi promulgada a nova Constituição do Brasil. Foram consagrados os direitos relativos à parte trabalhista e previdenciária. No Ministério do Trabalho, Lindolfo Collor, pai de Fernando Collor, procurou atender as demandas dos operários por melhores condições de trabalho.

1935

Presidente Getúlio Vargas – 1935-1937 – Governo Constitucionalista

Ministro da Justiça: Vicente Rao

Após os levantes comunistas, em novembro de 1935, a prisão dos participantes e simpatizantes tornou-se rotina. Graciliano Ramos e outros, contudo foram enviados para a Colônia Correcional de Dois Rios, em 1936, e não para o antigo Lazareto. Somente em 1942, após enormes reformas, as edificações do antigo complexo do Lazareto, abrigaram definitivamente uma instituição penal, a Colônia Penal Cândido Mendes, na praia do Abraão.
Em junho de 1935, chegaram a Dois Rios duas grandes levas de presos políticos da “revolução comunista”, a fim de aguardar julgamento.

Vista da Colônia Dois Rios-Segunda metade da década de 40

Posted by Picasa  Foto tirada do morro da antiga Igreja, hoje demolida.
Em destaque a barra (um dos Rios da Colônia). Ao fundo à direita o presídio recém inaugurado. Ao centro o quarteirão com casas novas, construidas junto com o presídio. Um pouquinho mais acima uma fileira de casas antigas ainda do tempo da Colônia Correcional Dois Rios (CCDR). À esquerda a praia de Dois Rios.

Foto de Cyro Manhâes, funcionário e antigo telegrafista do presídio. Amante da fotografia e usou uma câmera LEIKA-1943
Foto gentilmente cedida por Edison Manhâes, filho de antigo funcionário do presídio, Rubem Manhâes (irmão de Cyro).

terça-feira, 13 de abril de 2010

Prédio da administração do primeiro Presídio




Posted by PicasaCOLÔNIA CORRECIONAL DOIS RIOS

Antes da instalação da Colônia Correcional , a Enseada Dois Rios  fazia parte da antiga Fazenda  Dois Rios que pertencia à família Guimarâes, tendo sido vendida ao Império em 1894. A propriedade da fazenda estendia-se desde o canto da praia de Santo Antônio, próximo a Lopes Mendes, até o Mar Virado, perto da Parnaióca

A Colônia Correcional Dois Rios foi instalada oficialmente  em 1903 que serviu  de presídio a pessoas julgadas por crimes comuns e permaneceu assim até 1940 quando começou a receber os presos políticos, transferindo, conseqüentemente,  os presos comuns para a recém inaugurada Colônia Penal Cândido Mendes,   instalada nas antigas  dependências  do Lazareto, no Abraão.


Acima fotos do prédio da admistração do antigo presídio. Quando chegamos de Fernando de Noronha em 1942, eu na época com 6 anos, encontramos o antigo prédio ocupado por presos políticos que dividiram o seu interior em pequenos apartamentos.
Sobre os presos políticos, estamos preparando um texto  onde destacaremos  a atuação deles na vida do presídio como também junto a Comunidade da Vila.

Fotos:
Cyro Manhães, telegrafista, antigo funcionário do presídio.

Agradecemos ao amigo Edison da Neves Manhâes por nos ceder, para publicação, as belas imagens deixadas por seu tio Cyro.


sábado, 10 de abril de 2010

Colônia Dois Rios-Alameda das Palmeiras na década de 40

Foto produzida na segunda metade da década de 40 por Cyro Manhães, telegrafista do presídio e apaixonado por fotografia. Para obter essa bela imagem,. usou uma câmera LEIKA  A foto  mostra uma vista parcial da Colônia Agrícola do Distrito Federal, destacando-se a alameda das centenárias palmeiras. No final da alameda, à direita, o prédio da administração do antigo presídio. Em frente,  o prédio do cassino, assim chamado o clube de recreação da comunidade  e logo atrás dele um dos pavilhões da antiga Colônia Correcional Dois Rios-CCDR. No fundo da foto, o  presídio, recém inaugurado.

Agradecemos a Edison das Neves Manhâes por nos permitir a postagem dessa foto. Edison é filho de Rubem Manhâes (irmão de Cyro) , antigo funcionário de presídio.





sábado, 3 de abril de 2010

Vila do Abraão-Ilha Grande

Enseada do Abraão, vendo-se ao fundo a Vila do Abraão e em destaque a torre da Igreja de São Sebastião  que tem cerca de 150 anos é referência histórica e cultural da Ilha Grande.



Foto de Gisele Oliveira