Imagem da Colônia de Dois Rios, vendo-se à direita algumas residências de funcionários e à esquerda, ao fundo, a Capela da Vila. Foto de Juarez Gustavo Amorim de Alagão |
Este é um blog despretensioso onde quero registrar, entre outras, o meu amor pela Colônia de Dois Rios. Sou filho de antigo funcionário do Presídio que deseja manter viva a história de Dois Rios, desde quando era uma fazenda de café até a instalação de presídios. Quero mostrar como vivia a comunidade formada por funcionários e seus familiares, postando imagens antigas, depoimentos, documentos e mostrando a situação da Colônia, hoje.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
A Vila de Dois Rios-Ilha Grande
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Freguesia de Santana-Ilha Grande
Igreja construída em 1796 pelo então dono da Fazenda de Santana, o Major Bento José da Costa, considerado na época um dos fazendeiros mais prósperos da Ilha Grande |
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Torneios de futebol entre funcionários
Time de futebol de Dois Rios
Registro antológico de um dos times de futebol da Colõnia de Dois Rios formado por funcionários. A produção deve ser do final da década de 40, pouco tempo depois de nossa chegada de Fernendo de Noronha. Era comum , por falta de entretenimento, a formação de algumas equipes de futebol, cujos jogos eram disputadíssimo, inclusive com torcidas fanatizadas.
O campo de areia ficava entre o presídio e o destacamento da Polícia militar. Na época eram organizados torneios entre as equipes de Dois Rios . Por vezes, os times de Dois Rios disputavam com equipes do Abraão aumentado a rivalidade que existia entre os dois lugarejos.
Texto de Oli Demutti Moura - Polaco
1-Péricles 7-Rafael
2-João Antonio 8-Aymoré
3-Nene 9-Leovegildo
4-Thales 10-Maurício
5-Erasmo 11-Ivo Moura
6-Severo
Texto de Oli Demutti Moura - Polaco
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Abraão e o Bico do Papagaio ao fundo
Vila do Abraão- Imagem capturada recentemente, mostrando a praia e parte da Vila,ao fundo. À esquerda, na parte superior da foto, o conhecido Pico do Papagaio |
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Fachada do presídio demolido
O que restou da entrada do presídio após implosão. Ladeando o portão principal , as duas guaritas onde ficavam os policiais militares do corpo da guarda.
Foto de Juarez Gustavo Amorim de Alagão, frequentador da Ilha Grande, principalmente, Dois Rios e Parnaióca.
Foto de Juarez Gustavo Amorim de Alagão, frequentador da Ilha Grande, principalmente, Dois Rios e Parnaióca.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Praia do Sul-Ilha Grande
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Filhos de funcionários do presídio - 1
Meus amigos e contemporâneos.
Novas fotos compondo novas galerias serão publicadas
Enviem-me fotos antigas, pois dessas fotos retiro as imagens para a composição.
Havendo imprecisão nas informações da tabela, entrem em contato comigo.
Novas fotos compondo novas galerias serão publicadas
Enviem-me fotos antigas, pois dessas fotos retiro as imagens para a composição.
Havendo imprecisão nas informações da tabela, entrem em contato comigo.
Nomes | Pais |
Toinho | Milton e Marcolina |
Miltinho | Milton e Marcolina |
Amyrton | Ivo Moura e Célia |
Îldo | Zizinho Chagas e |
Venâncio | Catino e Aurora |
Walmir | Joaquim dos Santos e Severina |
Ilvo | Romangueira e Regina |
Elcy | Januario Couto e Cêla |
José Carlos | Laert Marcílio e |
Ilton | Gavinho e |
Cristina | Nestor Gitirana e Giselda |
Walter | Joaquim dos Santos e Severina |
Léa | Thales e Rosa |
Cecílio | Catino e Aurora |
Helinho | Cavalaria |
Leila | Octavio Rangel e Pedrozina |
Aída | Péricles e Daguia |
Edison | Rubens Manhães e |
Elane | Octavio Rangel e Pedrozina |
Eduardinho | Nestor Gitirana e Giselda |
sábado, 8 de janeiro de 2011
O Sobrenatural, crônica de Elane Rangel
O SOBRENATURAL
Por esses rincões afora, da imensa nação brasileira, ouvem-se, aqui e ali, histórias que dão conta de aparição de fantasmas, de almas do outro mundo, como eles dizem.
São histórias, muitas vezes, fantasiosas, fruto da imaginação popular, que fazem com que, os mais impressionados, vejam coisas que não são verdadeiras e acreditem que são.
São miragens, imagens distorcidas que, pela incidência de reflexos luminosos e outros efeitos naturais, dão falsa ilusão de extra-reais, o que os levam a pensar em fantasmas.
Entretanto, isso não invalida a veracidade de muitas destas histórias que, de fato, são reais.
Em Dois Rios, na Ilha Grande, contavam, os mais velhos, casos de acontecimentos sobrenaturais e afirmavam serem verídicos, inclusive com testemunhos de outras pessoas, que também presenciaram tais fenômenos.
Eu mesmo passei por uma dessas experiências, por mais de uma vez.
Na casa nº 1 da rua Amazonas, onde morei, conhecida como a “esquina do seu Euclides”, eu presenciei, por duas vezes, a aparição de uma menina, que aparentava ter de 15 a 16 anos de idade, toda vestida de branco, de cima embaixo, trazendo às costas uma espécie de trouxa, também branca.
Casa na rua Amazonas igual a citada na crônica, hoje em ruínas |
Essa mesma visão foi descrita por minha mãe e por meu irmão mais velho.
Fatos estranhos já haviam sido presenciados e narrados por pessoas que, anteriormente, moravam nessa mesma casa. Unânimes, afirmavam já terem visto ou ouvido manifestações sobrenaturais.
São casos pitorescos, por vezes, hilariantes, mas são sérios e reais.
São histórias narradas, quase sempre pelos mais velhos, os mais antigos no lugar, que afirmam ter conhecimento de tais fatos e com experiências próprias.
Uns acreditam, outros não. A verdade é que esses casos sobrenaturais ocorrem, não sabemos como, porque e nem para quê. Mas que existem, existem!
filho de Octavio Macedo Rangel, destacado funcionário de Dois Rios.
*Elane Rangel é nosso contemporâneo e filho de Octavio Macedo Rangel, destacado funcionário do antigo presídio de Dois Rios..
Foto de Juarez Gustavo Amorim de Alagão, amigo e colaborador.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Madame Satã uma lenda
Madame Satâ
João Francisco dos Santos, nasceu em 1900na cidade de Glória de Goitá em Pernambuco, passou a maior parte de sua vida nas ruas do Rio de Janeiro onde chegou em 1907 e foi morar na rua Moraes e Vale, 27, no largo da Lapa. Ficou célebre no meio da malandragem da Lapa , conhecido como valentão, artista, homossexual, carnavalesco e exímio capoeirista.. Até 1923 foi cozinheiro, profissão que o ajudou na prisão pois muitas das vezes era requisitado para exercê-la nas casas dos funcionários da Colônia de Dois Rios, principalmente na do Diretor do presídio.
João Francisco ficou conhecido como Madame Satã, apelido que ganhou em 1938 no Bloco Caçador de Veados. Nos anos 40 saiu de Madame Satã, que lhe valeu o título de Rainha do Carnaval por três vezes.
.Ao longo de seus 76 anos de vida, passou 27 preso , sendo grande parte em Dois Rios, na Ilha Grande. Em 3/5/1965 ganhou a liberdade, mas continuou morando na Ilha Grande, mais precisamente no Abraão, porque poderia viver mais tranquilamente e sem perseguições
Sua fama de briguento começou quando tinha 28 anos.Na esquina das ruas do Lavradio com a avenida Mem de Sá deram um tiro num guarda civil e o mataram e a culpa recaiu sobre Satã que estava dentro de um bar . Ficou claro que quem matou foi o Satã que condenado a 26 anos foi levado para o Depósito de Presos e daí para a Casa de Correção.
Certa vez foi acusado de ter matado o falecido compositor Geraldo Pereira com um soco. Conta ele que estava sentado no restaurante Capela na Lapa quando Geraldo Pereira chegou com sua amante e pediu dois chopes sentando-se ao lado de Satã.
Em um determinado momento ocorreu uma discussão por causa da troca dos copos de chopes e o tempo esquentou. Geraldo disse uma porção de desaforos e palavras obscenas para Satã que perdeu a paciência e deu um soco nele que caiu batendo a cabeça no meio-fio e morreu.
Satã respondeu a 29 processos sendo três por homicídio e alguma dezenas por agressões.
Segundo ele nunca brigou com paisano, mas com policia sim.que já chegava batendo nas pessoas de maneira covarde e muitas das vezes ele levantava e pedia a eles pra não fazer isso. Eles achavam que Satâ estava conspirando contra eles, então o pau comia.
Satã foi amicíssimo do Chico Alves, fez muitas serenatas com ele, Noel Rosa, Orlando Silva, Vicente Celestino.
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