segunda-feira, 21 de junho de 2010

Reflexão de Festa Junina.........

O texto abaixo foi-me enviado  pelo nosso amigo Oli Demutti (Polaco) e achei oportuno sua postagem, primeiramente pela proximidade da data e segundo porque  me  remete à  infância passada na Colônia de Dois Rios. Eu sempre gostei das Festas Juninas, tudo era muito divertido . Fazer balão, enfeitar a rua com bandeirinhas era muito legal. Era uma atividade coletiva que unia os moradores  de Dois Rios, reforçando ainda mais os laços de amizade.


                            VISTA DA PRAIA DE DOIS RIOS




                                                                                                                                 SÂO JOÂO 

Oli Demutti Moura (Polaco)                                                                                                          12/06/2010                                                                                                                                                


Segundo Platão, reminiscência agradável “é a lembrança do que a alma contemplou na atual ou em existência anterior, quando ao lado dos deuses”.
Ao introduzir informações no computador, por meio de toques no teclado, faço vir à memória saudosas lembranças, a despeito de nunca estar ao lado dos deuses (conceito platônico), por inumeráveis imperfeições que ainda carrego no corpo espiritual. Quais recordações? Refiro-me às tradicionais festas juninas. Antes, porém, farei uma rememoração na linha do tempo do Onça. Vamos?
Com mês de junho chegam as comemorações festivas que envolvem, normalmente, escolas, clubes e residências.
São as chamadas festas juninas, que iniciam no dia 13, dia de Santo Antônio de Pádua, alcançam o dia 24, festividade alusiva a João, o Batista, e culminam a 29 de junho, com a festa a Pedro, o Apóstolo.



Evocando, um rápido giro histórico, as origens das ditas festas, que têm no fogo o seu elemento mais representativo, vamos encontrá-las relacionada às celebrações do solstício do verão na Europa e com os cultos devidos aos deuses da fecundação. Com ritos de fogo, comemorava-se a aproximação das colheitas, ao mesmo tempo em que se pedia aos deuses a proteção contra o demônio da peste, esterilidade e estiagem.
Todos os antigos povos da Terra celebravam, em meados de junho, os jogos em honra ao sol. Eram sempre dias festivos, quando os seres humanos cantavam hinos de louvor e faziam os seus pedidos. As pessoas jovens e crianças dançavam em volta da fogueira, enquanto os mais velhos cantavam em coro canções de agradecimento.
Ainda não existiam fogos de artifício, mas desde então as fogueiras já representavam uma obrigação e tradição nas comemorações das festas juninas.
A Igreja Católica, em determinado momento, decidiu por associar tais festejos aos seus feriados em homenagem a Santo Antônio, São João e São Pedro.
No Brasil, as festividades juninas vieram juntamente com os portugueses e espanhóis católicos e sofreram influência também dos africanos, especialmente dos moradores das Ilhas dos Açores, que incluíram muito de folclore nas comemorações religiosas de então.
Com as tradições europeias, as festas juninas passaram a ganhar algumas características próprias depois que foram plantadas no território nacional.
Coincidentemente, nesta época do ano, as pinhas maduras dos pinheiros brasileiros deixam cair ao chão o pinhão pronto para ser consumido. Isso foi aliado ainda à época da colheita da batata doce, do milho e outros alimentos que são consumidos ao redor das fogueiras.
O traje caipira e o casamento, tão comuns em qualquer festa junina, têm sua explicação. O primeiro, na tradição brasileira, copiando-se do caboclo o modo de vestir, andar e falar. Acrescentou-se a figura das sinhazinhas, numa rememoração aos dias das autênticas, que povoaram a história nacional, no auge dos engenhos e das fazendas, em dias não muito distantes.
A tradição do casamento vem de outros continentes, pois o mês de junho representava para os povos que emigraram para o nosso país, a abundância em época de início da colheita. Os pais podiam promover grandes festas nos casamentos, unindo dois moços e homenageando, por sua vinculação ao Catolicismo, Santo Antônio, São João e São Pedro, com fogueiras, danças e outras características de festas juninas.
Há seis décadas, em plena fase da infância, na Ilha Grande, as festas juninas marcaram época, porquanto até hoje fazem parte dos inúmeros cenários da minha atual vivência. As mais famosas eram promovidas pela família da dona Aurora e do seu Catino, na rua da garagem. Ao lado do Amyrton e da Zeli, encontrava-me, naquela oportunidade, com Venâncio, Pedrinho, Dedite, Miguelina, Cecílio, Felipinho, Tatinha, Marcelo, Miltinho, Toinho, Madalena, Leila, Luiz, Elázio, Elane, Joaquim, Jadir, Elcy, Maria das Graças, Raquel, Jeferson, Edison, Tabajara, Dizodina, Cleuza, Bagé, Licurgo, Nilo, Júlio, Walmor, Douglas, Ícaro entre outros amiguinhos(as). Quantas saudades!

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